Capítulo 10
Escritório de João
Alberto pede para ser anunciado e entra na sala.
Alberto - Mudei o nome da revista (falou calmamente)
João - Sem me consultar (esbraveja), fiquei sabendo por acaso.
Alberto- Não achei necessário, eu criei a revista sou dono dela.
João - Sou seu sócio, não vou concordar. Quero que revogue sua decisão.
João - Isso é um absurdo.
Alberto – João tomei a seguinte decisão: quero desfazer a sociedade.
João- Você deve estar com febre, sabe que pagará multa.
Alberto - Sei disso, trouxe um documento já assinado. Quanto a multa, estou pronto para arcar.
João fica de boca aberta enquanto Alberto deixa sobre a mesa o documento juntamente com um cheque referente ao valor da multa rescisória e retira-se assobiando.
São Paulo (tarde)
Mota e Fábio entraram na suíte em que Catôro está hospedado.
Mota - Os dois serão nessa semana, você viaja no mesmo dia.
Catôro- Será simultâneo?
Fábio - Não, quanto menos profissionais envolvidos, melhor.
Mota - Um será a tarde e outro a noite, dessa forma, despistaremos a policia.
Catôro – Brilhante, ninguém pensará em tal coisa (risos). Vamos beber.
Mota - Compre sua passagem para a próxima terça-feira, lembre-se: tem que ser a partir das 20:00h
Catôro - Adoro viagem noturna. E quanto ao bando do Rio, tem notícias?
Fábio - Nada, parece que estão quietos.
Catôro - Tomara que permaneçam quietos até o nosso próximo trabalho.
Catôro - Contrate belas mulheres, hoje quero serviço profissional, as brasileiras são lindas.
Fábio- Tudo bem, vamos nos divertir.
Fábio telefonou para uma agência que conhecia e contratou quatro moças, sendo uma somente para servir, não queria o serviço de quarto bisbilhotando.
Agência (noite)
Quatro moças ouvem com atenção as recomendações da gerente da agência, uma delas era apenas garçonete. Muitos clientes quando promoviam festas particulares faziam essa exigência, prática que começou a se tornar comum, por isso Vera foi contratada, servia com requinte e discrição.
Fábio - Entrem, por favor.
Catôro - São lindas e elegantes.
Fábio- Serviço de primeira.
Mota - E muito caro.
Catôro- Pare de pensar em valores homem, hoje é dia de festa.
Todos sentaram conversando com alegria, só Vera continuou de pé, pronta para atender aos pedidos.
As horas passaram e tudo correu como previsto, quando Vera se viu sozinha aproveitou para vasculhar.
Vera - Tem algo de suspeito nesses caras, esse Catôro é um grande colecionador, essa história de estar sempre no Brasil para participar de leilões não me convence.
Pega o celular e liga.
Vera - Chefe estou dentro da toca.
Voz - Encontrou alguma coisa?
Vera - Nada por enquanto, tem uns papeis queimados na lixeira que já peguei.
Vera - Queimei papel em branco e botei no lugar.
Voz - Não procure mais nada, tente descobrir o nome dos outros e fotografe.
Vera - Eu os filmei com câmera escondida.
Voz - Desligue agora, apague todos os registros do celular, se te revistarem na saída não encontrarão nada.
Vera- Tá, a câmera está no carrinho de serviço,não tem perigo.
No fim da noite, antes de se despedirem, Catôro se afastou um pouco com Mota, Fábio foi falar com as moças.
Fábio - Meninas, não entendam mal, sabe como é, o dono da festa tem mania de perseguição e vai revista-las .Nenhuma delas se importou. Mota revistou os pertences delas, ficou satisfeito e as dispensou.
Catôro - Então tudo certo amigos, é sempre bom prevenir.
Fábio - Conheço bem essa agência, elas são totalmente discretas.
Mota - Reparei que a garçonete é maravilhosa, ganharia muito mais se mudasse de profissão.
Catôro - Ótimo, agora me deixem dormir, podem ir.
(continua no próximo capítulo).
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