Capítulo 14
Judith entra na sala trajando vestido preto Chanel que realça os cabelos loiros, sapato salto alto fino, alongando o peito do pé e um perfume suave que discretamente invadiu o escritório.
João engole seco, a imagem que via era de estonteante, convidou-a à sentar no sofá.
João - Pode começar
Judith - Como vão os negócios?
João- Tudo perfeito.
Judith - Sendo vice-presidente de um grande grupo empresarial, é sabido que tem vida noturna intensa.
João - A mídia fala muito, apenas me divirto um pouco.
Judith - É sempre visto com belas mulheres, tem alguma em especial?
João - No momento você.
Judith- Eu não conto, nunca saímos juntos.
João - Isso pode ser resolvido agora, aceita jantar comigo?
Judith - Veja bem; vim aqui para lhe entrevistar.
João – Sim, mas posso te dar informações privilegiadas.
Judith - Aceito, mas fique sabendo que é só um jantar profissional
João - Mesmo diante de uma mulher tão perfeita sei me comportar.
Judith - Fechado, estará me aguardando em qual restaurante?
João - Posso mandar o motorista te pegar em casa.
Judith - Prefiro ir até lá.
João faz as reservas, combinam horário e despedem-se.
Edifício no Catete (tarde)
Andréa continua conversando com Vera ao telefone.
Andréa -Quero que venha pro Rio.
Vera - Nem pensar, estou ganhando um bom dinheiro aqui.
Andréa - É isso que me preocupa.
Vera - Não sou garota de programa, apenas sirvo drinks e aperitivos.
Andréa - Nunca faça sexo por dinheiro.
Vera - Olha só quem fala, logo você que transa com todo mundo.
Andréa- Não transo com todo mundo, vou pra cama com quem eu quero, o que é bem diferente.
Vera - Tá, não quis ofender, depois te ligo. Beijo irmã.
Edifício no Catete/apartamento de Robson
Robson é professor de inglês e conversa com seu melhor amigo Pedro, que também é professor.
Pedro - Ânimo companheiro tem que ser hoje, vai lá e convida a vizinha pra sair.
Robson- Ainda estou ferido, esqueceu que levei um chifre da minha noiva e pior, eu a amava mesmo.
Pedro - Chega de dor de corno, tá na hora de se mexer.
Robson - Ela acabou de chegar de São Paulo, pode ir embora a qualquer momento.
Pedro - Pode mas no momento está aqui pertinho de você e, se ficar adiando vai namorar outro.
Robson - Tem razão, vou à luta.
Pedro - É assim que se fala.
Robson- E se ela não aceitar?
Pedro - Mande flores de boas vindas amanhã.
Robson- É, no máximo o que posso levar é um não.
Pedro - Que pode ser temporário, sabe como é ,ela é sua vizinha pode querer dificultar, isso não quer dizer que esteja desinteressada, tem que insistir sem ser chato. Chame Andréa também, isso faz quebrar o gelo. Saírem nós quatro.
São Paulo
Fábio e Mota riem com as notícias do jornal.
Mota- Coitados (deboche), nunca chegarão até nós.
Fábio - Agora vamos dar um tempo, deixar a poeira abaixar.
Mota - Tá com medo.
Fábio - Desconheço essa palavra mas um bom profissional tem que saber a hora de hibernar.
Mota- Quero ir para Las Vegas.
Fábio - Calma, deixe o dinheiro quieto no exterior até conseguirmos legaliza-lo, depois pode gastar, não esqueça que temos nossos cúmplices.
Mota - E daí, acha que irão nos trair?
Fábio - Ela com certeza não, os outros eu não sei.
O interfone toca, a recepcionista anuncia a pessoa que estavam aguardando, ela entra. Mota e Fábio a recebem carinhosamente.
Fábio - Sinta-se à vontade Vera.
Vera sorri ciente de que ambos estão apaixonados por ela.
(continua no próximo capítulo)
por Silvia Baptista
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