Capitulo 16
Residência dos Palhares (noite)
Samira percebeu que Gustavo estava distante, quieto. Preferiu não jantar,
fez um lanche e foi para o escritório dizendo que precisava ler um bom livro.
Para ela, esse comportamento tinha a ver com os negócios ,excelente oportunidade para
induzi-lo a assinar a procuração sem ler. Pegou algumas propostas de cartão de crédito, colocou a procuração dentre os papéis e entrou no escritório.
Samira- Querido, o quarto está vazio sem você.
Gustavo- Daqui a pouco subo (fala sem olha-la), se não ler um pouco terei insônia.
Samira- Venha para o quarto, eu cuido de você (sussurra no ouvido).
Gustavo- Daqui a pouco.
Samira- Querido, quero trocar meus cartões, assine essas propostas pra mim (bota os papéis sobre a mesa)
Gustavo a olhou e lembrou-se do aviso de Regina.
- Bandida! (pensa). Abaixou a cabeça fingindo interesse pelo livro -Se ela não sair da minha frente vou estrangula-la
Samira- Querido, alô! (estala os dedos)
Gustavo- Deixe aí, amanhã assino.
Samira- Assine hoje, por favor, amanhã você nem lembrará.
Gustavo- Com certeza me lembrarei.
Samira entendendo que o marido não assinaria naquele momento, o beijou na testa e saiu do escritório dizendo que o deixaria ler a vontade. Propositalmente deixou uma proposta e levou consigo os demais papeis.
Gustavo- Se não fosse Regina, sem dúvida agora eu seria um pato falido.
Edifício no Catete (noite)
Judith entra em seu apartamento sorridente, há muito tempo não se sentia tão leve, João despertou nela uma forte emoção. Tirou os sapatos e se jogou no sofá sentindo a cabeça girar um pouco.
Judith- Ele é uma gracinha, tão gentil, tão atraente, tão bonito, tão tudo.....como beija bem...
Vou tirar esse vestido antes que vomite nele, tô ficando enjoada.
São Paulo (noite)
Vera desce do táxi, olha para os lados e entra em um carro estacionado próximo de um cinema.
O taxista ficou de longe observando aquela passageira de andar elegante.
Taxista- Caramba, se pegar meu táxi de novo, caso com ela.
Vera- Sentiu minha falta?
Fábio- Muita (beija-a no rosto), vamos sair daqui.
Vera- Para que tantos cuidados?
Fábio- Não quero que Mota saiba da nossa relação por em quanto, talvez se sinta traído.
Vera- Ele é bem grandinho, um dia saberá.
Fábio- Não quero desaponta-lo, somos amigos há muitos anos.
Vera- Como preferir, também gosto dele. Você é uma pessoa de sorte, ter como sócio um grande amigo.
Fábio- Eu sei.
Fábio deu a partida no carro e seguiram em direção ao motel.
(continua no próximo capítulo)
por Silvia Baptista
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