Capítulo 02
O caso dos roubos das mansões é notícia nos principais jornais do país. A polícia continua as investigações sem nenhuma pista, a única informação que agora se tem conhecimento é de que uma das câmeras de segurança da rua filmou quatro elementos saindo da casa mas não foi possível identifica-los. Entraram em um carro preto sem placa e partiram em velocidade.
Rio de Janeiro (manhã).
Casa da família Palhares:
João quando entrou na copa para tomar o café da manhã, seus pais já estavam sentados à mesa.
João- Bom dia, pai, mãe (beija a testa de cada um).
Gustavo- Bom dia filho, mas uma noitada hein? Será que essa tem nome ou só irei conhecer lendo as colunas sociais?
João - Tem nome sim, é Márcia.
Samira (mãe) - Márcia de que?
João - Ora mamãe, é só uma mulher.
Samira - Você já tem trinta e quatro anos, está na hora de ter juízo e nos dar netos.
João- Isso é fácil.
Gustavo- Não zombe, sua mãe tem razão. Você já saiu com todas as solteiras da sociedade, agora quero que encontre alguém para casar ou eu mesmo farei isso, a decisão é sua.
João- Por acaso estamos na idade média?
Gustavo - Não, mas é o vice-presidente do grupo, tem que se comportar como tal, chega de dar mal exemplo. Se eu não tivesse proibido namoro entre funcionários, sem dúvida não teríamos respeito.
Samira- Estou cansada de ouvir minhas amigas perguntando quando você ficará noivo.
João- Diga que receberão o convite.
Mesmo tentando não demonstrar impaciência, João terminou o café e foi para o quarto. Em cerca de uma hora teria uma reunião.
Gustavo e Samira também se levantaram e cada um seguiu em uma diferente direção. Samira pegou o telefone e foi pra varanda.
Gustavo foi para o escritório e telefonou, uma voz atendeu.
Gustavo- Tudo bem?
Voz - Tudo.
Gustavo- Precisa me manter informado, temos um grande negócio em jogo.
Voz - Fique tranquilo, está tudo sendo cuidadosamente avaliado.
Gustavo- Ótimo, amanhã te ligo e conversaremos pessoalmente.
Voz- Até lá. (desligou)
Samira na varanda, discou um número e falou com alguém ao telefone.
Voz- Alô.
Samira- Preciso te ver.
Voz- Hoje não.
Samira- Eu preciso, tem que ser hoje.
Voz-Aconteceu alguma coisa?
Samira - Não, mas vai acontecer se você não me ver.
Voz-Fique calma. Hoje as cinco no lugar de sempre.
No quarto, João senta na cama, passa a mão no peito, fecha os olhos e sorri, lembrando-se da noite anterior.
Noite anterior no escritório da empresa:
Márcia entrou na sala de João contrariada:
Márcia- Dr .João passam das oito horas, posso ir embora ou ainda vai precisar de mim?
João- Quem está na empresa?
Márcia- Além de nós dois, os seguranças.
João levantou de sua cadeira, passou por Márcia sem pressa, fechou a porta e voltou devagar, chegando perto dela pegou-a pela cintura e a segurou com força.
Márcia- Solte-me, está tentando me seduzir?
João- Tentando não estou te seduzindo mesmo (beijou-a no pescoço e lhe mordiscou a orelha).
Márcia- Me solte (sem oferecer resistência).
João foi lhe beijando o rosto até chegar à boca, sentiu os lábios da secretária entre abertos, então se beijaram ardentemente. Ela soltou os cabelos tirando a pregadeira, em seguida, tirou o paletó de João. Ele abriu os botões da blusa devagar e tornou a beija-la no pescoço. Entregaram-se aos desejos. As roupas que ainda restavam tiraram rapidamente. João deitou Márcia com delicadeza na mesa acariciando-lhe os seios e se amaram até a exaustão.
Rio de Janeiro (manhã no aeroporto)
Judith chega ao Rio entusiasmada e telefona para José:
Judith- José, cheguei.
José- Legal.
Judith - Agora vou procurar aquele endereço do apartamento que tratei pelo anúncio do jornal.
José- Tome cuidado.
Judith - Tomarei todo cuidado, estou louca pra começar nossa investigação. Algo me diz que é aqui que tudo começa.
José- Assim que conseguir uma pista me avise, não vá sozinha pode ser perigoso.
Judith-Agora vou desligar, logo que tiver instalada te ligo, beijo.
José - Me liga mesmo, depositei mais um dinheiro na sua conta, beijos minha futura esposa.
Judith- Seu bobo. (desligou o telefone e pegou um táxi)
Judith tinha um forte pressentimento que sua vida mudaria com essa história, sentia algo inexplicável, um misto de ansiedade e satisfação.
(continua no próximo capítulo)
por Silvia Baptista
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