Respeito e limites nos tempos modernos
Não raramente, ouvimos nas ruas comentários de que não há mais respeito, que hoje em dia as pessoas não tem mais educação, que não se tem gentileza como, por exemplo; um homem dar a vez para a mulher subir no ônibus, ou mesmo se dar lugar para que uma grávida ou um idosos possam sentar e que, antigamente não era assim.
Ora, é fato que com o aumento populacional e os novos conceitos que vão surgindo, a sociedade tende a se comportar de maneira diferente de como era antes, o que não significa que para avançar e evoluir se tenha que abrir mão da essência do ser, que consiste em preservar as boas maneiras, que é o que faz o ser humano não se animalizar, já que é um ser pensante e se quer ser tratado com amabilidade por saber o que é bom, não custa se esforçar para fazer o mesmo ao próximo.
Vamos pensar um pouco mais sobre esse saudosismo do antigo comportamento. Não é preciso voltar muito ao tempo para verificarmos o quanto houve opressão de direitos, a começar pela mulher, que alguns consideravam um ser inferior sem alma, isenta de inteligência e incapaz de tomar decisões assim como os negros e os índios. Uma época em que as crianças e os idosos não tinham estatuto de proteção, que apesar de falho, já é um avanço.
É claro que o tipo de educação dada nos lares era diferente de hoje em dia, mas não podemos dizer que não mais existam pessoas de bem, é um engano generalizar, a maioria das pessoas querem muito ter uma vida de paz. O que está gerando essa sensação de que tudo está pior, é o fato de que as principais notícias enfatizam o que de pior acontece, pouco se fala sobre o cidadão que faz uma boa ação, a ênfase não é a mesma.
Por outro lado, independente do tempo em que se vive, para que a sociedade siga com seus valores de educação coletiva, tudo começa em casa. As crianças e os jovens de hoje, não mais se contentam com o famoso “faça o que eu digo, mas não faça o que faço”. Nada disso, eles precisam de mais que isso, precisa de modelos e, esses modelos são as atitudes, orientar por meio da verbalização e também agir com exemplos de conduta, certamente fará diferença e aí então, não teremos mais que ouvir que antigamente não era assim.
por Silvia Baptista
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