Capítulo34
Portaria do edifício no Catete (noite)
Judith se ajoelha e oferece o ombro para Robson se apoiar para levantar.
Robson - Dispenso sua ajuda.
Judith - Mesmo assim vou te ajudar.
Robson - Para me humilhar ainda mais?
Judith não responde, com a ajuda do porteiro, conduziu Robson até o apartamento dele.
Robson - Não precisa entrar e não vou te agradecer, é culpa sua. Ele não me deu chance senão teria acabado com aquele cara.
Judith - Primeiro; pare de tentar se enganar, você foi quem provocou e ele te deu chance de revide sim. Segundo; não tenho culpa se você age como um descontrolado.
Robson - Ah, corno agora mudou de nome. Você estava me traindo com aquele cara, eu vi.
Judith - Traindo quem, por acaso estou de coleira?
Robson - Deixe de ser cínica, foi por isso que me largou na cama. Entendi tudo, seu negócio é dinheiro.
Judith não aguentou o insulto e desferiu uma bofetada no rosto de Robson. Andréa e Pedro que estavam chegando, assistiram a cena quando abriram a porta do elevador.
Pedro correu para amparar o amigo, que ainda um pouco tonto da surra que levara quase caiu.
Andréa ficou assustada vendo o vizinho ensanguentado e a amiga furiosa.
Pedro - O que aconteceu, foram assaltados?
Robson - Pergunte a ela.
Andréa - Vamos à delegacia.
Robson - Pra quê, com certeza o amiguinho dela é rico e vai se safar.
Pedro - Minha cabeça deu um nó, não estou entendendo nada.
Robson - Muito simples gente, essa mulher vai pra cama comigo, depois me deixa de pau na mão, quando voltei pra casa ela estava aos beijos com outro aqui em frente....
Judith - Aí jogou pedra igual um moleque e levou uma surra, bem feito. Vai ficar com a cara inchada pra deixar de ser animal.
Pedro - Parem já, não adianta discutir. Vamos entrar Robson, troque essa camisa e lave o rosto, talvez precise ir ao hospital para ver se quebrou alguma costela.
Andréa também puxou a amiga.
Andréa - Vamos sair daqui, eu te levo. Todo mundo deve ter visto.
Judith - Nem me importo, ele pensa que é meu dono.
Entram no apartamento de Andréa.
Andréa - Vou preparar um chá de erva cidreira, você está tremendo.
Judith - Obrigada amiga, nunca pensei em passar por esse vexame.
Andréa - Me conte tudo (tom de brincadeira para descontrair). Mal chegou de São Paulo e já tá botando fogo no prédio.
Judith - É mesmo, que vergonha.
Andréa - Não ligue, daqui a uma semana teremos novos assuntos.
Judith - E minha cara fica marcada como a adultera.
Andréa - Não exagere, aqui tem de tudo um pouco, digamos que com certa classe é claro.
Judith - Ai, como fui burra.
Andréa - Pelo que entendi, de um beijo roubado você foi parar na cama.
Judith - Não, no tapete.
Andréa - Gostou?
Judith - Do que vi sim, do que fez não.
As duas riram e Judith contou tudo na íntegra.
Enquanto isso...Regina estava na portaria conversava com o porteiro para tirar informações.
Residência dos Palhares (noite)
Gustavo atendeu a ligação do celular no escritório.
Regina – Patrão, tenho novidades do seu filho.
Gustavo - Onde ele está? (ouviu a porta da sala abrir, olhou e viu João entrar com tranquilidade). Ele chegou Regina.
Regina - Ele está bem eu sei, só preciso te informar, não foi o que pediu?
Gustavo - Sim, diga.
Regina - João brigou com um morador do prédio onde moro aos socos.
Gustavo - Como assim, não o eduquei para ser pugilista?
Regina - Parece que o motivo foi a repórter apaixonada.
Gustavo - Essa não, se ele brigou é porque também está apaixonado.
Regina - Por enquanto não é possível afirmar, o louco apedrejou o carro de João.
Gustavo - Então é isso, esse é o meu garoto.
Regina - Eu disse louco, mas seria mais apropriado o corno.
Gustavo - O que?
Regina - Isso mesmo, João estava aos beijos com a garota que é namorada do meu vizinho professor.
Gustavo - Essa mulher mal chegou e já tem dois homens, meu filho precisa casar.
Regina - Isso é contigo, boa noite.
Gustavo - Boa noite.
(continua no próximo capítulo)
por Silvia Baptista
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