Capítulo 27
Redação da revista (tarde)
Alberto está em sua sala, sente um certo vazio, anda de um lado para o outro tentando se concentrar no trabalho.
Alberto - Que droga, o que está acontecendo comigo?
O secretário ouve Alberto falando sozinho e entra na sala.
Secretário - O senhor está bem?
Alberto - Estou sim, minha cabeça é que está vazia.
Secretário - Talvez o senhor esteja precisando dar uma saída como costuma fazer toda quinta-feira.
Alberto - Esse compromisso terminou.
Secretário - Parece que não, pelo menos para o senhor.
Alberto - Ora rapaz, o que sabe sobre isso (olhou surpreso)?
Secretário - Que o senhor tinha uma amante e que acho que é dona Samira.
Alberto - Cale essa boca rapaz, nem pense tal coisa, ela é mulher de meu ex-sócio.
Secretário - Ela é mulher e o senhor é um homem apaixonado
Alberto fica vermelho.
Secretário - Também estou ficando apaixonado desde o dia que a vi.
Alberto - Que isso garoto, apaixonado por Samira?!
Secretário - Não, apaixonado por Judith.
Alberto - Ora, vá trabalhar e deixe de bobagens, você nem a conhece direito. Quanto a Samira, confesso que sinto falta dela, mas não tem futuro.
Secretário - Não conheço Judith, mas sei que é linda. Tenho uma curiosidade; o senhor levou dona Samira pra cama ou só mandou flores?
Alberto - Ai, ai, ai, não me obrigue a te demitir moleque, sou um homem de respeito. Agora saia e não fique por aí fazendo comentários, alguém pode acreditar nesse absurdo.
O secretário saiu, Alberto foi para janela.
Alberto - Petulante esse rapaz, o pior é que realmente estou sentindo falta daquela safada.
Edifício no Catete (tarde)
Judith entra na portaria e pergunta ao porteiro o número do apartamento de Regina. Com a informação ela sobe para o seu apartamento, abre a porta e se joga no sofá.
Judith - Preciso ter um bom argumento para me aproximar dela, vou passar essas fotos para o notebook e fazer um arquivo.
Ouviu o som do elevador, esperou um pouco e foi para o apartamento de Robson.
Robson - Estou surpreso (disse abrindo a porta), não me ligou pra me desejar bom dia.
Judith - Sem exageros (falou beijando-o levemente nos lábios), tivemos uma boa noite sim, mas não fique pegajoso.
Robson - Não estamos mais namorando?
Judith - Nem começamos, vim pro Rio a trabalho, por favor, deixe que apenas aconteça.
Robson a puxou para si beijando-a com doçura, desceu as mãos pelos seios acariciando-os, ela tirou a camisa polo branca dele. Robson a pegou no colo e a levou para o quarto. Quando estavam quase despidos, Judith lembrou que iria seguir João a partir da saída da empresa.
Judith - Tenho que parar, lembrei-me de um compromisso.
Robson - Agora não, vai me deixar assim?
Judith - Claro que vou, é por uma boa causa.
Robson - E eu não sou uma causa justa?
Judith - Claro que sim, mas você eu vejo mais tarde, somos vizinhos.
Mesmo com todos os argumentos de Robson, Judith se vestiu e saiu.
Judith - Sinto muito Robson (falou sozinha entrando em seu apartamento), mas não posso me deixar levar por momentos de sexo e abandonar meu propósito.
Judith não poderia imaginar que Robson ficou chorando, sentindo-se trocado mais uma vez.
(continua no próximo capítulo)
por Silvia Baptista
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